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A mostrar mensagens de março, 2018
Ias dar-me muito em que pensar e,  bem mais, o que sentir.  Soube-o assim que te vi do outro lado do balcão. E não me enganei.  -"Absurdemos?" -"Absurdemos!" 
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Vivemos num mundo em que o Homem, que se julgava livre, é sistematicamente privado dos seus direitos, em que se vive com receio de represálias e onde muitos foram, são e continuarão a ser silenciados. Teoricamente defendem-se Direitos Fundamentais, tais como o direito à liberdade e à segurança, o direito à liberdade de expressão, o direito à integridade física e moral entre outros. Na realidade tais direitos são desrespeitados por muitos Estados que fecham os olhos aos preceitos que também eles se regem e devem obedecer. Fazem prevalecer a soberania usando e abusando da força coerciva (através das forças de segurança) para nos silenciar e demover a exercer os nossos direitos.  

De véspera

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  Ainda que a minha rotina fosse semelhante à de um animal noctívago, tinha plena consciência que teria de deitar-me cedo, que precisaria de descansar minimamente. Eu não sabia o que o dia seguinte poderia trazer. Sabia que o despertador iria tocar muito mais cedo que o costume e que, no máximo, às 05h tinha que estar a caminho do aeroporto. Eu tentei, mas em vão. As horas passaram a voar. Vi-as todas a passar por mim, inerte numa cama que nem parecia a minha. Nem o jeito da almofada me deixou descansada. Não ouvia mais nada senão o mar. A minha mente era nada mais nada menos que um turbilhão de reflexões. Lembro-me de comparar o que estava a sentir com a arrebentação das ondas. Na sua sintonia.  Seria tudo ansiedade por causa da viagem? Ansiosa porque seria a primeira viagem que faria sozinha, de mochila às costas? Das primeiras viagens de avião sozinha? Talvez fosse.  Estava entusiasmada por sair da minha zona de conforto, precisava disso. Mas não era o suficien

Obrigada Félix!

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Nunca percebi o encanto de associar nomes de pessoas a fenómenos da natureza na sua pior forma.  Obrigada Félix por não me teres deixado ir trabalhar este fim de semana. Obrigada por me proporcionares um sábado, até que produtivo, recheado de apontamentos por complementar, por organizar e jurisprudência para analisar. Obrigada pela ajudinha, mas agora quero que me deixes ir à rua buscar um café sem que nada me caia em cima. Depois disso, agradeço que me deixes procrastinar sem que me leves a Internet ou a energia eléctrica.  Não me estragues o primeiro fim de semana livre deste ano.

Recomeço

Para todo o fim cabe um começo contanto que um recomeço não se efetiva enquanto não houver um fim. É como que um dito ciclo da vida e tudo o que for contrário contranatura se trata.  Mas, como o humano é sedento pelo amor, pela atenção e, inconscientemente, pela dor e pela ganância, quantas não foram as vezes que achaste recomeçar? Quantas foram as vezes em que te julgaste bem resolvido com o teu passado? Quem diz passado, diz aquela dor de cabeça. Aquele flash, aquele pesadelo, aquele semblante que te vem à memória e não te deixa dormir. Id est (isto é), alguma vez recomeçaste de facto? Ou simplesmente limitas-te a existir? "Omnia fert aetas" O tempo tudo traz, seja para o bom, seja para o mau, e esse "tudo" só dependerá de ti.  Como Homens Médios que somos, é em momentos como este em que devemos ter em conta que, o passar do tempo pode não nos trazer um novo caminho, mas sim retomar o que deixámos por resolver, por aceitar, por dizer ou por cumprir